Santos pode ganhar Sul-Americana no tapetão
Na última semana, o comitê de clubes da Conmebol se reuniu e discutiu o reconhecimento dos campeões da extinta Copa Conmebol como vencedores da Copa Sulamericana. E caso o reconhecimento aconteça, o Santos se sagrará campeão daquele que é o único torneio de grande escala que falta em sua estante. Isso porque em 1998, o Peixe conquistou a Copa Conmebol na famosa “Batalha de Rosário”.
O Peixe chegou na final contra o time argentino Rosário Central após eliminar o Once Caldas, a LDU de Quito e o Sampaio Corrêa nas fases anteriores. A primeira partida foi disputada na Vila Belmiro, e o alvinegro venceu por 1 a 0 com gol de Claudiomiro.
Foi no jogo de volta, na Argentina, que a “batalha” de fato começou a ser travada. O Estádio Gigante del Arroyito sofreu com superlotação, com mais de 50 mil pessoas presentes. Para piorar a situação, cerca de cinco mil argentinos conseguiram invadir o estádio, o que causou uma confusão e fez a polícia tentar conter a situação com tiros para o alto.
E foi sob estas circunstâncias que o Peixe entrou em campo. A partida foi atrasada em mais de 40 minutos por conta da confusão e dos objetos que foram arremessados em campo. O Santos, treinado por Emerson Leão, foi a campo com: Zetti; Anderson, Sandro, Claudiomiro e Athirson; Marcos Bazilio, Elder. Narciso e Eduardo Marques; Fernandes (Baiano) e Alessandro (Adiel).
Mesmo com todos os problemas, o Santos teve um bom início de partida. Foi o Peixe que ditou o ritmo de jogo na primeira etapa, ficando mais próximo de abrir o placar do que os argentinos. No segundo tempo, o Rosário foi para cima no “desespero”, mas acabou se frustrando e os jogadores rapidamente perderam a cabeça. A reta final do confronto foi marcada por empurrões e discussões entre os atletas e o árbitro, e o Santos acabou se beneficiando com isso.
A busca dos argentinos pelo gol ficou em segundo plano e o Peixe segurou o empate sem gols até o fim do confronto. Campeões, os jogadores e a comissão santista sequer tiveram tempo para comemorar em campo, saindo rapidamente para os vestiários para evitar uma possível invasão de campo dos argentinos.